Baseado em Oliveira
(2004).
Produtividade é algo que buscamos todo momento, fazer mais
com menos e sem perder a qualidade percebida por nossos clientes, aliás conforme Armand Vallin Feigenbaum, “se deseja
saber o que é qualidade, pergunte ao seu cliente, ele irá lhe dizer”.
No caso de software, algumas verdades são absolutas e sempre
defendidas por meus clientes, sistema sem erro, sistema fácil de usar.
Um dos maiores pontos a serem trabalhados para aumento da
produtividade estão relacionados a redução de desperdício e segundo Oliveira
(2004), o desperdício pode ser definido como “qualquer atividade que não
agregue valor ao produto/serviço”.
Conforme suas pesquisas, temos sete tipos de desperdício. O que
vou fazer é uma breve analogia com a produção de software:
1)
Superprodução: O próprio nome já diz, se trata
de produzir mais do que realmente é necessário para o momento. No caso de
software devemos evitar “pintar de ouro” nossas entregas aos clientes, ou seja,
entregar além do que foi solicitado ou contratado.
2) Tempo de espera: Equipe ociosa é algo que devemos
evitar a todo momento. Um bom planejamento é essencial para isto e, aliado à
uma boa metodologia de trabalho, este desperdício pode ser evitado. É aqui que
o modelo Kanban entra e cabe como uma luva para fábricas de software.
3) Transporte: A logística para projetos tem que
ser muito bem avaliada. Certos projetos podem ser fechados no calor do momento
da negociação e acabam por gerar mais prejuízos do que resultado.
4) Processo: Processos existem para apoiar o
trabalho das pessoas e não para que as pessoas fiquem presas à eles. Processo bom
é aquele que reduz custo, aumenta a percepção de qualidade do cliente, otimiza
o trabalho da equipe... Papel aceita tudo!
5) Movimentação: A movimentação das pessoas certas
para os papeis certos é um ponto fundamental para evitar desperdícios.
6) Produtos Defeituosos: Pense no tempo que vai ser
gasto dando manutenção em algo que está errado. Falhas em software crescem
exponencialmente, logo, adote boas práticas e ferramentas de apoio.
7)
Estoque: no caso de software house, o estoque
existente é hora/homem. Cada hora homem disponível tem que estar alocada para
algo que agregue valor à instituição, caso contrário, a “torneira” está vazando
em algum ponto.